Dulce
María Loynaz
En
mi jardín hay rosas:
Yo
no te quiero dar las rosas
que
mañana…
mañana
no tendrás.
En
mi jardín hay pájaros
con
cantos de cristal:
No
te los doy,
que
tienen alas para volar …
En
mi jardín abejas
labran
fino panal:
¡Dulzura
de un minuto…
no
te la quiero dar!
Para
ti lo infinito o nada;
lo
inmortal o esta muda tristeza
que
no comprenderás …
La
tristeza sin nombre de no tener que dar
a
quien lleva en la frente algo de eternidad …
Deja,
deja el jardín…
No
toques el rosal:
las
cosas que se mueren
no
se deben tocar.
ROSAS
No
meu jardim há rosas:
Eu
não quero te dar rosas
que
amanhã ...
amanhã
não terás.
No
meu jardim há pássaros
com
cantos de cristal:
Eu
não os te dou
que
tens asas para voar ...
No
meu jardim abelhas
laboram
um fino favo de mel:
doçura
de um minuto ...
não te quero dar!
Para
ti o infinito ou nada;
o
imortal ou esta tristeza muda
que
você não compreenderás ...
A
tristeza sem nome de não ter o que dar
que
tem algo de eternidade na fronte ...
Deixa,
deixa o jardim ...
Não
toques na roseira:
nas
coisas que morrem
não
se deve tocar.
Ilustração:
Tudo Ela.
No comments:
Post a Comment