Thursday, November 01, 2018

Ainda a poesia de Dulce María Loynaz


ROSAS                          

Dulce María Loynaz

En mi jardín hay rosas:
Yo no te quiero dar las rosas
que mañana…
mañana no tendrás.

En mi jardín hay pájaros
con cantos de cristal:
No te los doy,
que tienen alas para volar …

En mi jardín abejas
labran fino panal:
¡Dulzura de un minuto…
no te la quiero dar!

Para ti lo infinito o nada;
lo inmortal o esta muda tristeza
que no comprenderás …
La tristeza sin nombre de no tener que dar
a quien lleva en la frente algo de eternidad …

Deja, deja el jardín…
No toques el rosal:
las cosas que se mueren
no se deben tocar.

ROSAS

No meu jardim há rosas:
Eu não quero te dar rosas
que amanhã ...
amanhã não terás.

No meu jardim há pássaros
com cantos de cristal:
Eu não os te dou
que tens asas para voar ...

No meu jardim abelhas
laboram um fino favo de mel:
doçura de um minuto ...
 não te quero dar!

Para ti o infinito ou nada;
o imortal ou esta tristeza muda
que você não compreenderás ...
A tristeza sem nome de não ter o que dar
que tem algo de eternidade na fronte ...

Deixa, deixa o jardim ...
Não toques na roseira:
nas coisas que morrem
não se deve tocar.

Ilustração: Tudo Ela. 




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