Wednesday, November 28, 2018

Uma poesia de Francisco Villaespesa


En la penumbra                                   
Francisco Villaespesa

¡La hora confidencial!… Entre banales
palabras, toda entera, te respiro
como un perfume, y en tus ojos miro
desnudarse tu espíritu. ..Hay fatales

silencios… Se oscurecen los cristales;
y se esfuma la luz en un suspiro,
temblando sobre el pálido zafiro
que azula entre tus manos imperiales.

Las tinieblas palpitan… Andan miedos
descalzos por las sedas de la alfombra,
mientras que, presintiendo tus hechizos,

naufraga la blancura de mis dedos
en la profunda y ondulante sombra
del mar tempestuoso de tus rizos.

NA PENUMBRA

A hora confidencial! ... Entre banais
palavras, toda inteira, te respiro
como um perfume, e em teus olhos miro
desnudar-se teu espírito ..Em fatais

silêncios ... Se escurecem os cristais;
e a luz desaparece em um suspiro,
tremendo na pálida safira
que azula entre tuas mãos imperiais.

As escuridões palpitam ... Andam com medo
descalças pelos sedas do tapete,
enquanto, pressentindo teus feitiços,

naufraga a brancura dos meus dedos
na sombra profunda e ondulante
do mar tempestuoso de teus risos.

Ilustração: Francisco Villaespesa.


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