Denise
Levertov
Your
beauty, which I lost sight of once
for
a long time, is long,
not
symmetrical, and wears
the
earth colors that make me see it.
A
long beauty, what is that?
A
song
that
can be sung over and over,
long
notes or long bones.
Love
is a landscape the long mountains
define
but don’t
shut
off from the
unseeable
distance.
In
fall, in fall,
your
trees stretch
their
long arms in sleeves
of
earth-red and
sky-yellow,
a little
lop-sided.
I take
long
walks among them. The grapes
that
need frost to ripen them
are
amber and grow deep in the
hedge,
half-concealed,
the
way your beauty grows in long tendrils
half
in darkness.
CANÇÃO DE AMOR
Tua
beleza, que uma vez perdi de vista
por
um longo tempo, muito longo,
não
é simétrica, e veste
as
cores da terra que me fazem vê-la.
Uma
longa beleza, o que é isto?
Uma
canção
que
pode ser cantada muitas e muitas vezes
em
longas notas ou longos ossos.
O
amor é uma paisagem que as longas
montanhas
Definem,
mas, não
separam
da
imperceptível
distância.
No
outono, no outono
suas
extensas árvores
esticam
seus longos braços em mangas
de
terra-vermelha e
céu
amarelo, um pouco
assimétrica.
Eu faço
longas
caminhadas entre eles. As uvas
que
precisam da geada para amadurecer
são
âmbar e crescem profundamente na
sebe,
meio-escondida,
como
tua beleza cresce em longas gavinhas
no
meio da escuridão.
Ilustração:
Revista Blog de Escalada.
No comments:
Post a Comment