Eu só sei que nada sei
Quem deve ter dito isto/ talvez tenha sido Cristo/ ou
Sócrates quem sabe?/ Será, porém, quem não cabe/ na cabeça de quem se gaba/ de
tanto ter aprendido na vida/ que só mostramos a ferida,/ porém, nunca metemos o
dedo?/ Sabemos bem que ainda é cedo/ e esperar não mete medo/ mas, como dói,
quando se soma/ o quanto se gasta na nova Roma/ enquanto nos assola a fome./
Ora, senhor, os soldados que ganham a guerra/ aqui e em todas as terras/ ficam
com o melhor do botim,/ mas, não esquecem/ dos que pra empurrar a máquina
padecem/ e sempre lhes dão um pouquinho/ que dê para a comida e a bebida./ Até
mesmo os bárbaros sabem/ que as piores ruindades/ não provém dos inimigos/ e
sim dos que estão do lado/ quando se sentem assim tão desprezados.
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