LOS AMANTES
Carlos
Edmundo de Ory
Como
estatuas de lluvia con los nervios azules
secretos
en sus leyes de llaves que abren túneles
sucios
de fuego y de cansancio reyes
han
guardado sus gritos ya no más
Cada
uno en el otro engacelados
de
noches tiernas en atroz gimnasio
viven
actos de baile horizontal
no
caminan de noche ya no más
Se
rigen de deseo y no se hablan
y
no se escriben cartas nada dicen
juntos
se alejan y huyen juntos juntos
Ojos
y pies dos cuerpos negros llagan
fosforescentes
olas animales
se
ponen a dormir y ya no más.
Os amantes
Como
estátuas de chuva com nervos azuis
secretos
em suas leis de chaves que abrem túneis
sujos
de fogo e fadiga reis
hão
guardados seus gritos já não mais
Cada
um no outro enganados
de
noites ternas no atroz ginásio
vivem
atos de baile horizontal
não
caminham de noite já não mais
Se
regem pelo desejo e não se falam
e
não escrevem cartas nada dizem
juntos
eles se alheiam e fogem juntos
Olhos
e pés dois corpos negros doloridos
Fosforescentes
ondas animais
vão
dormir e já não mais.
Ilustração:
Direito Legal
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