Tuesday, December 04, 2018

Outra poesia de Carlos Edmundo de Ory



LOS AMANTES

Carlos Edmundo de Ory

Como estatuas de lluvia con los nervios azules
secretos en sus leyes de llaves que abren túneles
sucios de fuego y de cansancio reyes
han guardado sus gritos ya no más

Cada uno en el otro engacelados
de noches tiernas en atroz gimnasio
viven actos de baile horizontal
no caminan de noche ya no más

Se rigen de deseo y no se hablan
y no se escriben cartas nada dicen
juntos se alejan y huyen juntos juntos

Ojos y pies dos cuerpos negros llagan
fosforescentes olas animales
se ponen a dormir y ya no más.

Os amantes

Como estátuas de chuva com nervos azuis
secretos em suas leis de chaves que abrem túneis
sujos de fogo e fadiga reis
hão guardados seus gritos já não mais

Cada um no outro enganados
de noites ternas no atroz ginásio
vivem atos de baile horizontal
não caminham de noite já não mais

Se regem pelo desejo e não se falam
e não escrevem cartas nada dizem
juntos eles se alheiam e fogem juntos

Olhos e pés dois corpos negros doloridos
Fosforescentes ondas animais
vão dormir e já não mais.


Ilustração: Direito Legal



No comments: