De
repente, porém, o corpo se anima,
a
partir de um movimento do rosto.
Ao
olhar para cima, e ver os prédios,
desvia
toda a atenção da multidão,
das
pessoas caminhando na rua,
e
o mover os braços, de um lado para o outro,
na
ação de andar, faz tudo mudar.
E,
quando se aproximas, avulta
a
graça, o passo leve, a beleza
da
mulher que, com um sorriso,
dá
linhas ao impreciso,
transforma
o cimento dos edifícios
em
base para os jardins em flor;
os
vidros em espelhos de formas e cores.
E,
sem palavras, num dialogo mudo,
como
uma feiticeira que mimetiza tudo,
os
teus olhos profundos me falam de amor.
Ilustração: Saia do lugar.
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