LA PERFEZIONE DELLA NEVE
Andrea
Zanzotto
Quante
perfezioni, quante
quante
totalità. Pungendo aggiunge.
E
poi astrazioni astrificazioni formulazione d’astri
assideramento,
attraverso sidera e coelos
assideramenti
assimilazioni –
nel
perfezionato procederei
più
in là del grande abbaglio, del pieno e del vuoto,
ricercherei
procedimenti
risaltando,
evitando
dubbiose
tenebrose; saprei direi.
Ma
come ci soffolce, quanta è l’ubertà nivale
come
vale: a valle del mattino a valle
a
monte della luce plurifonte.
Mi
sono messo di mezzo a questo movimento-mancamento radiale
ahi
il primo brivido del salire, del capire,
partono
in ordine, sfidano: ecco tutto.
E
la tua consolazione insolazione e la mia, frutto
di
quest’inverno, allenate, alleate,
sui
vertici vitrei del sempre, sui margini nevati
del
mai-mai-non-lasciai-andare,
e
la stella che brucia nel suo riccio
e
la castagna tratta dal ghiaccio
e
– tutto – e tutto-eros, tutto-lib. libertà nel laccio
nell’abbraccio
mi sta: ci sta,
ci
sta all’invito, sta nel programma, nella faccenda.
Un
sorriso, vero? E la vi(ta) (id-vid)
quella
di cui non si può nulla, non ipotizzare,
sulla
soglia si fa (accarezzare?).
Evoè
lungo i ghiacci e le colture dei colori
e
i rassicurati lavori degli ori.
Pronto.
A chi parlo? Riallacciare.
E
sono pronto, in fase d’immortale,
per
uno sketch-idea della neve, per un suo guizzo.
Pronto.
Alla,
della perfetta.
«È
tutto, potete andare.»
A PERFEIÇÃO DA NEVE
Quanta
perfeição, quanta,
quanta
totalidade. Incho pungindo.
E
depois abstrações, astrificações, formulação de astros,
sideração,
através de sidera et coelos
siderações
assimilações -
no
processo de aperfeiçoamento
para
além do grande deslumbramento, da pleno e do vazio,
procuraria
procedimentos
ressaltando,
evitando
dúvidas
tenebrosas; diria, saberei.
Mas,
como nos sufoca, quanto exuberância da neve
Como
se aplica: pela costa abaixo da manhã
pela
costa acima da luz plurifonte.
Me
coloquei fora da falha do movimento-desfalecimento radial
Aí
o primeiro escalar da ascensão, da compreensão,
começa
em ordem, desafia: eis tudo.
A
tua consolação, insolação e a minha, fruto
deste
inverno aliado, ensaiado
sobre
os vértices vítreos de sempre, sobre as margens nevadas
do
nunca-nunca-não-deixo-ir,
e
a estrela que brilha no seu cacho
e
a castanha colhida no frio
e-tudo-todo-eros,
tudo-lib. liberdade no laço,
está
no abraço: está
no
convite, encontra-se no programa, no assunto.
Um
sorriso, verdade? E a vi(da) (id-vid)
sobre
a que não se pode criar hipóteses,
no
limiar faz-se (acariciar)
Evoé
ao longo das culturas de gelo e cor
e
os tranquilos trabalhos de ourivesaria
Pronto.
De quem estou falando? Reconectar.
Estou
pronto, em fase imortal,
para
um esboço-ideia da neve, para o seu esplendor.
Pronto.
Na
perfeição.
«É
tudo. Podeis seguir»
Ilustração:
radiofresh.it.
1 comment:
Muito bom, sensibilidade e alta interação com suas habilidades poéticas!
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