Tuesday, July 30, 2019

Outra poesia de Andrea Zanzotto




LA PERFEZIONE DELLA NEVE

Andrea Zanzotto

Quante perfezioni, quante
quante totalità. Pungendo aggiunge.
E poi astrazioni astrificazioni formulazione d’astri
assideramento, attraverso sidera e coelos
assideramenti assimilazioni –
nel perfezionato procederei
più in là del grande abbaglio, del pieno e del vuoto,
ricercherei procedimenti
risaltando, evitando
dubbiose tenebrose; saprei direi.
Ma come ci soffolce, quanta è l’ubertà nivale
come vale: a valle del mattino a valle
a monte della luce plurifonte.
Mi sono messo di mezzo a questo movimento-mancamento radiale
ahi il primo brivido del salire, del capire,
partono in ordine, sfidano: ecco tutto.
E la tua consolazione insolazione e la mia, frutto
di quest’inverno, allenate, alleate,
sui vertici vitrei del sempre, sui margini nevati
del mai-mai-non-lasciai-andare,
e la stella che brucia nel suo riccio
e la castagna tratta dal ghiaccio
e – tutto – e tutto-eros, tutto-lib. libertà nel laccio
nell’abbraccio mi sta: ci sta,
ci sta all’invito, sta nel programma, nella faccenda.
Un sorriso, vero? E la vi(ta) (id-vid)
quella di cui non si può nulla, non ipotizzare,
sulla soglia si fa (accarezzare?).
Evoè lungo i ghiacci e le colture dei colori
e i rassicurati lavori degli ori.
Pronto. A chi parlo? Riallacciare.
E sono pronto, in fase d’immortale,
per uno sketch-idea della neve, per un suo guizzo.
Pronto.
Alla, della perfetta.
«È tutto, potete andare.»


A PERFEIÇÃO DA NEVE

Quanta perfeição, quanta,
quanta totalidade. Incho pungindo.
E depois abstrações, astrificações, formulação de astros,
sideração, através de sidera et coelos
siderações assimilações -
no processo de aperfeiçoamento
para além do grande deslumbramento, da pleno e do vazio,
procuraria procedimentos
ressaltando, evitando
dúvidas tenebrosas; diria, saberei.
Mas, como nos sufoca, quanto exuberância da neve
Como se aplica: pela costa abaixo da manhã
pela costa acima da luz plurifonte.
Me coloquei fora da falha do movimento-desfalecimento radial
Aí o primeiro escalar da ascensão, da compreensão,
começa em ordem, desafia: eis tudo.
A tua consolação, insolação e a minha, fruto
deste inverno aliado, ensaiado
sobre os vértices vítreos de sempre, sobre as margens nevadas
do nunca-nunca-não-deixo-ir,
e a estrela que brilha no seu cacho
e a castanha colhida no frio
e-tudo-todo-eros, tudo-lib. liberdade no laço,
está no abraço: está
no convite, encontra-se no programa, no assunto.
Um sorriso, verdade? E a vi(da) (id-vid)
sobre a que não se pode criar hipóteses,
no limiar faz-se (acariciar)
Evoé ao longo das culturas de gelo e cor
e os tranquilos trabalhos de ourivesaria
Pronto. De quem estou falando? Reconectar.
Estou pronto, em fase imortal,
para um esboço-ideia da neve, para o seu esplendor.
Pronto.
Na perfeição.
«É tudo. Podeis seguir»

Ilustração: radiofresh.it.

1 comment:

Unknown said...

Muito bom, sensibilidade e alta interação com suas habilidades poéticas!