Wednesday, July 24, 2019

Poeminha contra os homens ocos!



Há sim! Existem muitos homens ocos.
Alguns fingem ser intelectuais,
enquanto repetem bordões banais.
Muitos citam Marx, Foucault, Rousseau, Marcuse, Gramsci,
depois de ter lido uma página.
E se sentem, falam, apontam os dedos sujos
contra os demais, que só querem paz,
e ter uma vida decente,
como cúmplices, como indiferentes
ao destino humano.
Os homens ocos se acham o supra-sumo humano,
parecem sempre conhecer o futuro,
serem seres iluminados,
que, nunca, estão errados,
e sempre seguem, como uma boa manada,
um líder qualquer, que não entende nada,
mas, tem a solução para tudo.
É fácil de reconhecer um homem oco:
falam sempre em nome da sociedade,
dos grupos minoritários,
são defensores, sem mandato, da igualdade
e pregam que acabarão com a fome,
as diferenças, a desumanidade,
que, claro, está nos outros.
O discurso dos homens loucos
( e das mulheres-há mulheres, muitas, ocas também)
é repleto de boas intenções, exige ação,
falam sempre em nome dos mais pobres,
da nação, do bem-estar internacional,
porém, abaixo da cobertura doce,
podem crer,
existe sempre um ditador em potencial,
um homem obcecado por poder.
Eles se vestem, e empunham, a bandeira da vanguarda,
da esquerda,
como se a Natureza exigisse a igualdade
e repetem, com enfase, palavras antigas, antiquíssimas,
para poder dividir e reinar.
Algumas vezes, até chega a dar certo,
por algum tempo,
porém, chega o momento
em que a realidade se impõe.
E o homem oco
não aceita, nem um pouco,
que o mundo não se curve aos seus desejos
procurando impedir que a vida avance em vão.
Pobres homens ocos!!!
O tempo, por mais que fale em história,
se esvai 
com o progresso,
que caminha, por mais lento que seja,
e nos leva, inevitavelmente,
para a maior diversidade.
Por isto, meus amigos, se protejam.
E repitam comigo:
-Abaixo os homens ocos!
-Abaixo os vendedores de ilusão!
Não basta empunhar livros,
ter livros nas mãos.
É preciso, acima de tudo, compreendê-los!
Não basta falar em humanidade.
É preciso ser humano.
E tantos os santos, quanto os sábios, sabem
que não se muda o mundo por revolução,
que é, na verdade,
o meio do tirano
impor sua vontade.
É apenas a violência
que silencia, engana, ilude, mata,
como fazem sempre os homens ocos,
em nome da verdade!

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