AT BLACK
RIVER
Mary
Oliver
All day
its dark, slick bronze soaks
in a mossy place,
its teeth,
a
multitude
set
for the comedy
that never comes –
its tail
knobbed and shiny,
and with a heavy-weight’s punch
packed around the bone.
In
beautiful Florida
he is king
of his own part
of the black river,
and from
his nap
he will wake
into the warm darkness
to boom, and thrust forward,
paralyzing
the swift, thin-waisted fish,
or the bird
in its frilled, white gown
that has
dipped down
from the heaven of leaves
one last time,
to drink.
Don’t
think
I’m not afraid.
There is such an unleashing
of horror.
Then I
remember:
death comes before
the rolling away
of the stone.
NO RIO NEGRO
Todo o
dia
seu bronze escuro e liso se banha
num lugar coberto de musgo,
seus dentes,
uma multidão
postada
para uma comédia
que nunca vem-
sua
cauda
protuberante e brilhante,
e com um soco de peso-pesado
guardado em volta do osso.
Na
beleza da Flórida
ele é rei
da sua própria parte
do rio negro,
e de seu
sono
ele vai acordar
na
escuridão morna
pra troar, e arremeter adiante,
paralisando
o peixe ágil, de cintura fina,
ou a ave
de penugem branca
que
mergulhou
de um céu de folhas
uma última vez,
pra beber.
Não
pense
que não tenho medo.
Existe tal desencadeamento
de horror.
Aí eu
lembro:
a morte vem antes
da pedra rolar
pra longe.
Ilustração: Youtube.
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