A
verdade,
nua
e crua, meu amor
é
que o amor real
não
é o que você idealiza.
Não
existe o amor perfeito, o viveram para sempre felizes.
Os
casamentos, na maioria, os que persistem, são maquilagens da realidade, muitas
vezes, são mais palcos das dores que do amor.
Os grandes amores são sempre os mais difíceis, tumultuados, cercados de armadilhas, escondidos, calados, objetos de inveja, de incompreensões, de obstáculos. Na maioria das vezes impossíveis de serem concretizados vivem, como o nosso, de momentos ou da imagem amada do outro.
Os
exemplos na história e na ficção são ilustrativos:
Romeu
e Julieta, Abelardo e Eloísa, Marília e Dirceu, Inês de Castro e D.Pedro I,
Manuelita e Bolívar, Roberto e Elisa Browing, Eduardo VIII e Wally Simpson,
Chica da Silva e João Fernandes, Mandrake e a princesa Narda de Cocaigne, Clark
Kent e Lois Lane, Tarzan e Jane, John Lennon e Yoko Ono, você e eu.
Todos
os grandes amores são complicados, marcados pela ausência ou pela distância,
sobrevivendo às instabilidades.
Nunca
sabem do amanhã porque vivem no gozo do tobogã dos desejos, no trapézio das
ilusões, na vertigem dos beijos, no sonho de que as portas do céu vão se abrir
para a felicidade eterna.
É
isto que tenho que te dizer de forma terna:
só
posso te prometer este amor dos momentos roubados, este amor de presenças,
silêncios, de ausências, este amor de quando em quando e que, no entanto, tem
mais encanto do que qualquer coisa na vida.
Só
posso te prometer,
querida,
que
vou te amar até morrer
e
se vida houver, depois,
também
hei
de, onde estiver,
te
querer bem.
Ilustração: Youtube.
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