Eu quero é festa.
E não há festa.
Eles não gostam da alegria.
Não me permitem fazer carnaval.
Eles não desejam que haja festa.
E até inventaram o toque de recolher
para me impedir de cantar, brincar.
Perdi o direito de ser alegre
(até o direito de me embriagar),
o direito de ir e vir.
Dizem que em nome da ciência
e do coletivo
sou obrigado a ficar,
entre quatro paredes, cativo,
o que é antinatural
e contra a natureza humana,
que é social.
Eles, que não tem argumentos,
que não resolvem nada,
e fecham tudo.
Eles sabem de tudo,
inclusive, na verdade,
com sua teimosia
até aumentar a epidemia,
fechar negócios,
deixar as pessoas sem empregos,
nos impedir de trabalhar,
impor o silêncio nas ruas,
a tristeza,
diminuir o pão nas nossas mesas
e roubar nossa liberdade.
Ilustração: http://sinmedrn.org.br/.
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