Tuesday, February 02, 2021

Uma poesia de Vicente Aleixandre

 


SILENCIO

Vicente Aleixandre

Bajo el sollozo un jardín no mojado

Oh pájaros los cantos los plumajes

Esta lírica mano azul sin sueño.

Del tamaño de un ave unos labios. No escucho

El paisaje es la risa. Dos cinturas amándose.

Los árboles en sombra segregan voz Silencio

Así repaso niebla o plata dura

beso en la frente lírica agua sola

agua de nieve corazón o urna

vaticinio de besos ¡oh cabida!

donde ya mis oídos no escucharon

los pasos en la arena o luz o sombra.

SILÊNCIO

Sob o soluço um jardim não molhado

Oh! Pássaros os cantos das suas plumas

Esta lírica mão azul sem sono.

do tamanho dos lábios de um pássaro. Não escuto

a paisagem, que é risada. Duas cinturas se amando.

As árvores sombreadas segregam voz. Silêncio.

Então, repasso névoa ou prata dura

beijo na testa lírica agua sozinha

água de neve coração ou urna  

vaticínio de beijos oh! quarto!

onde já meus ouvidos não escutaram

os passos na areia ou luz ou sombra

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