SILENCIO
Vicente Aleixandre
Bajo
el sollozo un jardín no mojado
Oh
pájaros los cantos los plumajes
Esta
lírica mano azul sin sueño.
Del
tamaño de un ave unos labios. No escucho
El
paisaje es la risa. Dos cinturas amándose.
Los
árboles en sombra segregan voz Silencio
Así
repaso niebla o plata dura
beso
en la frente lírica agua sola
agua
de nieve corazón o urna
vaticinio
de besos ¡oh cabida!
donde
ya mis oídos no escucharon
los pasos en la arena o luz o sombra.
SILÊNCIO
Sob
o soluço um jardim não molhado
Oh!
Pássaros os cantos das suas plumas
Esta
lírica mão azul sem sono.
do
tamanho dos lábios de um pássaro. Não escuto
a
paisagem, que é risada. Duas cinturas se amando.
As
árvores sombreadas segregam voz. Silêncio.
Então,
repasso névoa ou prata dura
beijo
na testa lírica agua sozinha
água
de neve coração ou urna
vaticínio
de beijos oh! quarto!
onde
já meus ouvidos não escutaram
os
passos na areia ou luz ou sombra
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