Não me preocupo com dinheiro
(como se preocupar com o que
não se tem?).
Mas, graças a Deus, sou brasileiro,
uma raça estranha que se contenta
com o que prometem que vem.
Sou otimista:
acredito no futuro
e, por tal razão, vivo a vida inteira
duro,
cheio de fé, vendo futebol, sambando
e, queira, ou não, a vida vai passando,
e só ficando pior,
até que a morte
nos faça feliz eternamente
por não sofrer mais,
diariamente.
E esta é, no fim,
a salvação possível
diante de uma realidade terrível.
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