A father is fate
say the ancient oracles
or the
modernist therapist
or the son despondent
harrowing
against.
A mother
is mystery
or
memory, a makeshift
stay against
the father.
And me? I see now
how easy it
was to be
a son. How if the son dies
before the
father
there is no end to it
and so what
eases
the father is the imminence
of his
death, which eases
too the son
if the son
is not
a child. And a mother?
Her death is
that hole.
In the earth or the universe.
In the heart
or the hell
the family has wrought
where the
father vanishes
and all is her absence.
No one solves these.
No one outlives these.
There are
reasons poems live,
people die. There are reasons.
AS RAZÕES
Um pai é o
destino
dizem os
antigos oráculos
ou o terapeuta
modernista
ou o filho desapontado
angustiante do
contra.
Uma mãe
é mistério ou
memória, um
improvisado
ficar contra o
pai.
E eu? Eu vejo
agora
como foi fácil
ser
um filho. Como
se o filho morresse
antes do pai
Não há fim para
isto
e então o que
facilita
o pai é a
iminência
da sua morte, o
que facilita
também o filho
se o filho não
for
uma criança. E
uma mãe?
A morte dela é
este buraco.
Na terra ou no
universo.
No coração ou
no inferno
a família operante
onde o pai
desaparece
e tudo é sua
ausência.
Ninguém resolve
isto.
Ninguém
sobrevive a isto.
Há razões pelas
quais os poemas vivem,
pessoas morrem.
Existem razões.
Ilustração: Razão-Rafael Botelho.
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