UM POEMA
Juanjo Barral
Ojalá fuese yo el mensajero
y no quien recibe la noticia
de tu abandono.
Ojalá fuera manillas del reloj
que da vueltas al tiempo
y no pasto del paso de los días.
Ojalá cuna de alguna
revolución pendiente
y no el crío que llora
bajo los bombardeos.
UM POEMA
Oxalá fosse eu o mensageiro
e não quem recebe a notícia
do teu abandono.
Oxalá fossem os ponteiros do relógio
que dá voltas ao tempo
e não o pasto para o passar dos dias.
Oxalá seja o berço de alguma
revolução pendente
e não a criança chorando
sob os bombardeios.
Ilustração: Sonhos.
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