Saturday, December 04, 2010
A obra prima do poeta
Sei que sou um poetinha vagabundo
Que de tanto sentir o mundo
Os melhores versos, as melhores rimas
não faz
Navegando sempre abaixo do que sou capaz
Sem roteiro amo, bebo, desafinado canto
E, nas tardes de calor, em bebida e pranto
Vagueio entre a intranquilidade e a paz
Mesmo quando, muitas vezes, em desculpas tolas
Perca o que devia fazer e tudo assim adie
Sem lembrar depois como se foi o dia.
Sou mesmo este poetinha vagabundo
Que vaga num dormir profundo
E que só tem como desculpa eterna
A alegação de jamais sentir culpa
De não ter uma obra verdadeira.
Não por ter certeza que a vida é passageira,
Mas, porque é nos teus braços
Que os mais belos poemas de amor crio
Com desejo, prazer e alegria
No rio dos teus gemidos e ais
E nas palavras tuas que me dizem
Que tão bom assim não será jamais
Antes que te cales comovida me beijando a boca
Sorrindo ou chorando feito louca
E me pedindo muitos beijos, mais...
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