Sunday, December 19, 2010

Ode ao velho amor



O amor não é velho nem é novo,
o amor é dos poderosos e do povo,
mas, zomba de quem pensa que o domina
e ri de quem ri do velho amar a menina
sem saber que a menina é que ama o velho
que tantas novidades lhe ensina
que ela vê o quanto os novos são tão velhos.

O amor zomba dos dias de domingo
e do trabalho dá risadas nos motéis.
O amor só poupa mesmo os mais fiéis,
porém, ainda assim com a dor ensina
que ser um poço sempre foi a sua sina
e se diverte com orações, despachos, preces,
oferecendo traições, culpas e medos.
O amor gosta mesmo é de segredos,
de danças, tangos e paixões vadias
de oceanos de orgasmos, de orgias,
de grandes manchas em lençóis mui brancos.
O amor avança sempre, e muito, aos trancos
E com um sorriso e com um olhar se encanta.
O amor é o almoço e é a janta.

O amor é uma porta sempre aberta,
mas, é também uma trilha perigosa.
É, às vezes, espada ou até rosa,
rosa vermelha feito bem querer,
ou amarela, girassol de beijos.
O amor pode ser jasmin entre tuas coxas
Ou a rosa roxa no coração dos trouxas.
No entanto, o amor é sempre novidade
E fica melhor quanto maior a idade.

1 comment:

Lia Noronha &Silvio Spersivo said...

Silvio: o amor nas mãos..pulsando o coração...sempre!!!
Abraços com saudades dos nossos papos on line.