Friday, March 11, 2016

Mais um poema de Jorge Cuesta Porte-Petit

Jorge Cuesta Porte-Petit

Abro de amor a ti mi sangre rota,
Para invadirte sin saberte amada.
El íntimo sollozo es negra espada
Que en la dureza de su luz se embota.

Al borde de mi sombra tu alma brota,
Así mi linde está más amparada.
Y aunque la fuga es más precipitada
Tu ausencia es cada vez menos remota.

Tu luz es lo que más me apesadumbra
Y si enciendes mis ojos con tu vida
El corazón me dobla la penumbra.

Mi soledad tu nombre dilapida
A la sombra del aire que te encumbra
Y apaga el lujo de tu voz vencida.

Amor na sombra

Abro de amor a ti meu sangue derramado,
Para invadir-te sem saber amada.
O soluço íntimo é a negra espada
Que na dureza de sua luz vejo apagado.

O limite de minha sombra de tua alma brota,
Assim, como a fronteira é mais delimitada.
E, ainda que a fuga seja mais precipitada
Tua ausência é cada vez menos remota.

Tua luz é o que mais me cria sombra
E se acendes meus olhos com tua vida
O coração me dobra na penumbra.

Minha solidão teu nome dilapida
Na sombra do ar em que eu te encubra
E apaga o luxo de tua voz vencida.


Ilustração: www.salves.com.br 

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