Que
eu não sou mais eu/me esclarece o espelho/onde um olhar vermelho/parece não
cessar/ de muito reclamar/ de pretender chorar./Bem sei, não vai passar,/pois,
nem me reconheço/nas palavras que teço/ sem versos, melodias, rimas/despidas de
beleza,/flores despetaladas,/ páginas tão manchadas/ das tintas dos escritos/
que são como se gritos/ de socorro somente,/mas, que são só as sementes/de
dores e tristezas./Não sou mais nem poeta/ exilado dos sonhos/ me sinto separado/dos
prazeres risonhos/ do teu olhar e beijos/castrado de desejos./ Me sinto um
prisioneiro/ julgado e condenado/ que tem por derradeiro/ castigo aplicado/amar
e sendo amado/viver sem seu amor/eternamente preso as cadeias da dor.
Ilustração:
irismaroliveira.blogspot.com
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