Thursday, April 28, 2016

Uma poesia de Marcela Rosales

LE TEMPS QUI PASSE                                                  
Marcela Rosales

Llena la mano de horas, así viniste a mí
- yo dije: su pelo no es moreno.” (Paul Celan)

El fuego en el hogar,
el hogar perdido,
la inocencia del niño
que no sabe qué vendrá.
Otro invierno - dice el hombre
que sabe lo que ha sido y
cree saber qué será.

Él únicamente espera a la muerte,
se encoge de hombros,
regresa al hogar.
Él está de espaldas al salón ajeno,
la escucha venir
y comienza a rezar.

Pero ella no es la muerte.
No, ella no es la muerte
porque duele más.
Lleva el cabello sujeto
con serpientes, en él guarda
el viento de la noche y la rosa.

Él no sabe nada sobre el tiempo
que pasa. Un hombre, un niño,
es la misma cosa.


O TEMPO QUE PASSA

"Com a mão cheia de horas, assim viestes a mim
- Eu disse teu cabelo não é escuro " (Paul Celan).

O fogo na casa,
a casa perdida,
a inocência da criança
quem sabe o que virá.
Outro inverno - disse o homem
quem sabe o que tem sido e
e crê saber o que será.

Ele unicamente espera a morte,
encolhe os ombros,
regressa para casa.
Está de costas ao salão alheio,
a escuta vir
e começa a rezar.

Porém, ela não é a morte.
Não, ela não é a morte
porque dói mais.
Seu cabelo está coberto
de cobras, nele guarda
o vento da noite e a rosa.

Ele não sabe nada sobre o tempo
que passa. Um homem, uma criança,
é a mesma coisa.


Ilustração: www.materiaincognita.com.br

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