MOVING HOUSE
Elizabeth Jennings
Soon the house will be filled again,
Our boxes have been carried off,
The walls are bare, we only leave
White patches where our pictures hung.
Dust settles widely now among
The places where we used to move.
And though we are most glad to go
We want to leave some hint behind,
Nothing so powerful as a ghost
But some part of us to remind
New tenants whom we do not know
That the old house is not resigned
To wind and dust and spaces cut
Clean where our furniture was put.
We want to flourish our old selves
And frighten the new owners, but
We quite forget they will be glad
To find some trace upon the shelves
Of our own past, that what they dread,
Like us, is space untenanted.
MUDANÇA
Logo estará de novo a casa cheia,
já haviam levado nossas caixas,
as paredes estão nuas, só deixaram
apenas retângulos onde os quadros
ficavam pendurados e, agora,
a poeira e o lixo se assentam
pelos lugares onde nós movíamos.
E ainda que possamos seguir alegres
queremos deixar algum rastro nosso,
algo não tão poderoso como um fantasma
porém, que, de certa forma, nos possa recordar
aos novos inquilinos, aos que não conhecemos,
que não se renunciou à velha casa.
Que nem que o vento, nem a poeira, nem o
espaço
limpam o vazio onde estavam os móveis.
Queremos que floresçam os nossos velhos eus
e assustem os novos proprietários, mas,
nos basta esquecer que terão prazer
ao encontrar algum traço nas prateleiras
de nosso próprio passado, já que o que temem,
como todos nós, é o espaço desocupado.
Ilustração: blogcaixasnet.com.br
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