The Forgotten Dialect of the Heart
Jack Gilbert
Jack Gilbert
How astonishing it is that language can almost mean,
and frightening that it does not quite. Love, we say,
God, we say, Rome and Michiko, we write, and the words
get it wrong. We say bread and it means according
to which nation. French has no word for home,
and we have no word for strict pleasure. A people
in northern India is dying out because their ancient
tongue has no words for endearment. I dream of lost
vocabularies that might express some of what
we no longer can. Maybe the Etruscan texts would
finally explain why the couples on their tombs
are smiling. And maybe not. When the thousands
of mysterious Sumerian tablets were translated,
they seemed to be business records. But what if they
are poems or psalms? My joy is the same as twelve
Ethiopian goats standing silent in the morning light.
O Lord, thou art slabs of salt and ingots of copper,
as grand as ripe barley lithe under the wind’s labor.
Her breasts are six white oxen loaded with bolts
of long-fibered Egyptian cotton. My love is a hundred
pitchers of honey. Shiploads of thuya are what
my body wants to say to your body. Giraffes are this
desire in the dark. Perhaps the spiral Minoan script
is not a language but a map. What we feel most has
no name but amber, archers, cinnamon, horses and birds.
O esquecido dialeto do coração
Tão
surpreendente é o que a linguagem pode significar,
que se
torna assustador que não seja bem assim. Amor, podemos dizer,
Deus,
nós dizemos, Roma e Michiko, escrevemos, e os termos
são entendidos
errados. Dizemos pão e isto não é de acordo
com qualquer
nação. O francês não tem nenhuma palavra para casa,
e
não temos nenhuma palavra para o prazer estrito. Um povo,
no
norte da Índia, está morrendo porque a sua antiga
língua
não tem palavras para ternura. Eu sonho com perdidos
vocabulários
que possam expressar um pouco do que
não
podemos mais dizer. Talvez os textos etruscos poderiam
afinal
explicar por que os casais em seus túmulos
estão
sorrindo. E talvez não. Então as milhares de
misteriosas
tabuletas sumérias que foram traduzidas,
elas
pareciam ser os registros de negócios. Mas, o que elas
são, poemas ou salmos? Minha alegria é a mesma que as das doze
cabras
etíopes em pé em silêncio na luz da manhã.
Ó Senhor,
as lajes de arte de sal e os lingotes de cobre,
são tão
grandes quanto a ágil cevada madura sob o trabalho do vento.
Seus
seios são seis bois brancos carregado de carretéis
de longas
fibras de algodão egípcio. Meu amor é uma centena
de jarros
de mel. Carregamentos de ciprestes são o que
meu
corpo quer dizer ao seu corpo. Girafas são este
desejo
no escuro. Talvez o cretáceo espiral
não
seja uma linguagem, mas, um mapa. O que nós sentimos não tem
nenhum
nome, mas, é âmbar, arqueiros, canela, cavalos e aves.
Ilustração:
qgufo.blogspot.com
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