Friday, April 15, 2016

TORMENTO

Não sei o que tu fazes neste momento.        
Se dormes, como um anjo,
Ou, igual a mim, nem consegues dormir,
Mesmo depois de ter bebido até mais nada sentir.
Bem que deveria proibir meu coração de te amar
E nem pensar na dor que lhe causo com o meu silêncio e a distância,
Quando a culpa é toda minha da covardia e da inconstância.
Mas, sei que irei acordar sem ter teu rosto para olhar
E dormirei sem ter o adorável calor de teu corpo
Me fazendo sonhar que estou vivo e feliz.
Sei que, amanhã, tu podes me apagar da tua vida,
Mas, eu não posso, minha querida,
E nem sei se o destino
Ou a vida quis assim
Me cobrar tão caro,
O prazer, nem sei se raro,
Por ser o que sou,
Um ser que jamais soube
Como deixar para trás
As cadeias de qualquer amor
E segue, como sempre seguiu,
Querendo conservar tudo que gosta
Perdendo, ou não,
Todas as suas apostas.


Ilustração: www2.uol.com.br

No comments: