Entre
nós há céus e desertos
que,
com desejos, terão que ser vencidos
e
esta incerteza nebulosa, imensa
dos
problemas que não são resolvidos.
Importante
é seguir por mares desconhecidos
arriscando
o olhar em busca do novo
quando
já acostumados ao velho amor
que
nos mantém vivos na lida.
É
a aventura que nos leva aos lugares, querida,
mesmo
quando só percebemos a paisagem
ou,
nos queixamos, a ver, entediados,
a
manhã, o amanhã, como miragem,
como
uma recuperação que logo se desfaz.
E
contemplamos o caminho, o longo caminho,
percorrido,
ou por percorrer, nem sei dizer
como
um alvo que não queremos mais.
Eu,
velha criança à cata de emoção,
a
te olhar, com um olhar de peixe morto,
tu,
embebida da canção, cheia de ilusão,
a
desejar o chão real de um porto.
Ilustração:
Veja - Abril.com
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