LA GRAND COMPLAINTE DE MON OBSCURITÉ
TROIS
Tristan
Tzara
chez
nous les fleurs des pendules s’allument et les plumes encerclent la clarté
le
matin de soufre lointain les vaches l’èchent les lys de sel
mon
fils
mon
fils
traînons
toujours par la couleur du monde
qu’on
dirait plus bleue que le métro et que l’astronomie
nous
sommes trop maigres
nous
n’avons pas de bouche
nos
jambes sont raides et s’entrechoquent
nos
visages n’ont pas de forme comme les étoiles
cristaux
points sans force feu brulée la basilique
folle:
les zigzags craquent
téléphone
mordre
les cordages se liquéfier l’arc
grimper
astrale
la
mémoire
vers
le nord par son fruit double comme la chair crue
faim
feu sang
A GRANDE QUEIXA SOBRE MINHAS TRÊS
OBSCURIDADES
Na
casa as flores dos pêndulos se iluminam e as plumas
em
volta da claridade
na
manhã de enxofre distante as vacas lambem os lírios de sal
meu
filho
meu
filho
carregamos,
ao sair, sempre pela cor do mundo
que
se parece mais azul que o metrô e a astronomia
nós
estamos muito magros
nós
não temos nenhuma boca
nossas
pernas estão paralisadas e se entrechocam
nossos
rostos não tem forma de estrelas
pontos
de cristais sem força, o fogo queimou a
basílica,
louco:
os ziguezagues racham
o
telefone
mordem
as cordas liquefazem o arco
sobem
astral
memória
para
o norte por seu fruto em dobro como a carne crua
fome
fogo sangue
Ilustração: Segundo Plano
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