Esta poesia do Ivan é muito bonita, mas, com termos bem complicados de serem traduzidos, então, adaptei como foi possível. Pelo menos, em português, deve ficar mais compreensível. Peço desculpas pelos desvios.
Soy la Yoruba
Soy
la Yoruba,
la
reina negra de Las Antillas.
Mi
pai me dijo un día, que entre los negros del Congo y del Mozambique
se
cuajó esta leyenda negra…
Era
la sabana una tierra antillana
con
cara de mujer prieta quemá.
Mi
mai no nació esclava, más bien, amantiguá.
Vendida
en tierra de la República del Congo,
trasportá
por tierras del Tongo, Ghana, Tórtola y San Tomé
Mi
pai la conoció en Las Antillas
cortando
caña en San Antón,
una
noche de negros brujos; Camagüey, chiringa y trompo
boquita
de gandul, tierra de melaza y bemba, tierra del quenepal.
Yo
soy la Yoruba brava,
hija
del robledal, a limón de agua dulce, a limón de tierra y mar.
Por
donde quiera que paso, me miran, con este pelo de caimán,
Tengo,
un tengo de negra nigeriana encima, escapado de Senegal.
Por
donde quiera que ando dicen: —“Esa negra no es de aquí.”—
Ayer
fue un día de eso, en que se me soltó el moño y la grifa melena negra
voló
al viento del Senegal.
Yo
soy la Yoruba brava,
hija
del robledal, el que no me quiera
que
esconda la cara
porque
aquí va pasando,
la
negra del Senegal.
(Tomado
de El libro de la Yoruba, 2016)
Eu
sou a Yoruba
Eu
sou a Yoruba,
a
rainha negra das Antilhas.
Meu
pai me disse um dia, que entre os reis negros do Congo e de Moçambique
se
criou esta legenda negra...
Era
a savana uma terra antilhana
com
rosto de mulher negra queimada.
Minha
mãe não nasceu escrava, mas, bem amantiguá.
Vendida
nas terras da República do Congo,
transportada
por terras do Tongo, Gana, Tortuga e São Tomé
meu
pai a conheceu nas Antilhas
cortando
cana em Santo Antônio,
numa
noite de bruxas negras; Camagüey, charanga e pião,
boquita
de guandu, melaço e terra do bantô, terra de mamoeiros.
Eu
sou a valente Yoruba,
filha
da floresta de carvalhos, de água doce de limão, limão de terra e mar.
Por
onde quer que pise, eles me olham, com esta pele morena,
Tenho
uma cor de negra nigeriana, escapada do Senegal.
Por
onde quer que ande dizem, - "Esta negra não é daqui." -
Ontem
foi um dia desses, em que um fio de cabelo escapou e a melena negra voou ao vento para
Senegal.
Eu
sou uma Yoruba brava,
filha
do carvalho, quem não me quer
que
esconda o rosto
porque
aqui está passando,
a
negra do Senegal.
(Extraído
do Livro do Yoruba, 2016)
Ilustração:
religião tradicional yoruba
No comments:
Post a Comment