Infelizmente, meu amor, não existe nada eterno,
Te digo de modo terno quando ainda não chora.
Olha este minuto que vai embora,
Logo será a hora, o dia, o amor.
Por isto, o teu beijo é do momento a flor,
E o meu pensamento é de que dói a vida em nós.
Porque amanhã sabemos, estaremos sós,
E tudo será de verdade, apenas saudade.
Nossos momentos tão vivos, tão intensos,
Hoje são tesouros, amanhã serão fragmentos.
No tempo, nossa história se desfaz,
E resta a melodia, a memória em paz.
Mas, amor, não lamentemos o tempo que voa,
Pois nossa jornada já foi tão boa.
Guardemos cada instante, cada riso, cada chama,
E saibamos que, mesmo na ausência, a nossa alma clama.
Infelizmente, o destino nos separa,
Mas o amor que nos une nunca se apara.
Ele atravessa as fronteiras da eternidade,
E nos preenche com doçura, com felicidade.
Então, meu amor, abracemos a verdade,
Aceitemos a dança da efemeridade.
Porque, no final, quando a saudade arder,
Seremos eternos, mesmo sem saber.
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