Friday, May 12, 2023

Uma poesia de Sam Sax

 

 

PEDAGOGY

Sam Sax

now she’s gone my teacher wants to know

where the speaker enters the poem

 

the wind blows open the screen door & it catches

on its chain. outback my neighbors are smoking

 

a pig to make it last. my teacher only became

my teacher after she passed. before that

 

she was a woman who had lived a long time.

as always i am an ungrateful child, a student

 

first of ingratitude. ungracious as a wasp. a knot

in a history of rope your hands don’t notice

 

as you hold on for dear life. dear life, the speaker

is the chain holding the door closed & the wind

 

is my teacher, the smoke curing meat,

my teacher had stories about all the dead poets

 

which made her, while living, prophetic. proximity

is next to godliness. for a woman who had no use

 

for music or pleasure her writing beats the page

until knuckles singe. my speaker wants to know

 

when the teacher enters the poem, if she ever leaves,

if she’s always there in the text shaking her heads

          

cutting the weeds.

 

PEDAGOGIA

Agora ela se foi meu professor quer saber

onde o palestrante entra no poema

 

o vento sopra abre a porta de tela e pega

em sua cadeia. No interior meus vizinhos estão fumando

 

um porco para fazê-lo durar. meu professor só se tornou

meu professor depois que ela passou. antes disso

 

ela era uma mulher que viveu muito tempo.

como sempre sou uma criança ingrata, um estudante

 

primeiro de ingratidão. desagradável como uma vespa. um nó

em uma história de corda suas mãos não percebem

 

enquanto você espera por sua preciosa vida. querida vida, o orador

é a corrente que mantém a porta fechada e o vento

 

é meu professor, a fumaça curando a carne,

minha professora tinha histórias sobre todos os poetas mortos

 

o que a tornou, em vida, profética. a proximidade

está próxima da piedade. para uma mulher que não tinha utilidade

 

para música ou prazer, sua escrita bate na página

até os nós dos dedos queimarem. meu palestrante quer saber

 

quando a professora entra no poema, se ela sai,

se ela está sempre lá no texto balançando a cabeça

          

cortando as ervas daninhas.

 Ilustração: Uninassau.

 

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