Viagem
Tudo, ao fim e ao cabo,
Inútil salta
Ainda que o dizer verbalizado
Tente dar sentido
Ao resguardado
No fundo da alma,
No longínquo sentimento
Que em tristeza só se manifesta.
Hoje com o tempo livre
enrodilho-me no espaço das lembranças
como quem folheia
um manuscrito de outrora
Tudo, ao fim e ao cabo,
Inútil salta
Ainda que o dizer verbalizado
Tente dar sentido
Ao resguardado
No fundo da alma,
No longínquo sentimento
Que em tristeza só se manifesta.
Hoje com o tempo livre
enrodilho-me no espaço das lembranças
como quem folheia
um manuscrito de outrora
um objeto do passado
procurando explicações,
chaves, formulas secretas,
reconstituições
do que já se perdeu....
Vago no olhar e no tocar
chaves, formulas secretas,
reconstituições
do que já se perdeu....
Vago no olhar e no tocar
imóvel
pelos mistérios
de silêncio e paz
de silêncio e paz
e contudo
Só me encontro
quando paro,
me deparo
com a sensação inexprimível
do nunca mais.
quando paro,
me deparo
com a sensação inexprimível
do nunca mais.
2 comments:
Silvio: essa sensação do nunca mais...e muito parecida com a do agora ou nunca...sendo que a segunda...ainda traz uma alternativa!
Abraços carinhosos da amiga que mesmo distante pensa sempre em vc.
Silvio, quando penso na passagem do tempo, dos momentos, sempre me vem o texto da Clarice Lispector que fala de captar o instante-já, que é fugidio e tornou-se um novo instante. Então, o nunca tem a ver com isso, com o novo que está sempre brotando. Beijos da Ursa :))
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