María del Carmen Colombo
infinitas agujas
alzan las costureras
para coser el ruedo
del reino
de los cielos
creo en la gran
gallina
viuda de toda madre
creo en
la Ponedora
purísima del casto
huevo celestial
telarañas de tela del
peso de la culpa
caen
en la sintaxis
y el alma se me vuela
por la boca
y el cuerpo
se me pudre
hay hueco en el vacío es
la pérdida intacta
de los que aúllan como yo
porque nunca llegaron a incubarse
alzan las costureras
infinitas agujas
para coser el ruedo
del reino
de los cielos
(Do Anuario de Poetas Argentinos, selección
1989)
Cantos do Purgatório I
Infinitas agulhas
Levantam as costureiras
Para coser as voltas
do reino
dos céus
Creio
na grande galinha
viúva de toda a mãe
Creio na
Poedeira puríssima
do mais puro
ovo celestial
Redes de tela
do peso da culpa
caem
na sintaxe
e a alma me sai
pela boca
e o meu corpo
apodrece
Há um oco no vazio
da perda intacta
dos que uivam como eu
porque nunca chegaram
a incubar-se
Infinitas agulhas
Levantam as costureiras
Para coser as voltas
do reino
dos céus
Levantam as costureiras
Para coser as voltas
do reino
dos céus
Creio
na grande galinha
viúva de toda a mãe
Creio na
Poedeira puríssima
do mais puro
ovo celestial
Redes de tela
do peso da culpa
caem
na sintaxe
e a alma me sai
pela boca
e o meu corpo
apodrece
Há um oco no vazio
da perda intacta
dos que uivam como eu
porque nunca chegaram
a incubar-se
Infinitas agulhas
Levantam as costureiras
Para coser as voltas
do reino
dos céus
1 comment:
Bela tradução...comovente e singela poesia....Bjus e mais bjus.
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