Eduardo Langagne
no tenemos la casa todavía,
tenemos piedras; algunas.
trozos de pan, algo de vino tenemos
pero la casa no;
sin embargo tenemos oscuridad,
porque luz no tenemos todavía;
tenemos algunas lágrimas o besos,
otras cosas igualmente ridículas tenemos,
pero la casa no. quizá
paredes que se levantan muy despacio,
mas no tenemos casa todavía
donde encontrar el frío, la soledad,
la lluvia,
pero arriba
un cielo como sábanas tenemos
y abajo un infierno delicioso
por donde deambulamos
recogiendo piedras.
"hoy no me llevas, muerte, calavera,
no me voy, no quiero ir.
hoy no voy ni entrego mi barco de papel,
mi brazo, mi guitarra, hoy no,
hoy solamente tiro piedras,
poemas,
muchas piedras contra tu rostro
-no niego, dulce rostro-
tiro piedras,
me arranco el corazón y te lo arrojo.
hoy no, muerte, hoy no voy, no quiero,
necesito hacer la casa".
y estoy vivo
cuando arrojo palabras, muchas palabras.
fuego.
tenemos piedras; algunas.
trozos de pan, algo de vino tenemos
pero la casa no;
sin embargo tenemos oscuridad,
porque luz no tenemos todavía;
tenemos algunas lágrimas o besos,
otras cosas igualmente ridículas tenemos,
pero la casa no. quizá
paredes que se levantan muy despacio,
mas no tenemos casa todavía
donde encontrar el frío, la soledad,
la lluvia,
pero arriba
un cielo como sábanas tenemos
y abajo un infierno delicioso
por donde deambulamos
recogiendo piedras.
"hoy no me llevas, muerte, calavera,
no me voy, no quiero ir.
hoy no voy ni entrego mi barco de papel,
mi brazo, mi guitarra, hoy no,
hoy solamente tiro piedras,
poemas,
muchas piedras contra tu rostro
-no niego, dulce rostro-
tiro piedras,
me arranco el corazón y te lo arrojo.
hoy no, muerte, hoy no voy, no quiero,
necesito hacer la casa".
y estoy vivo
cuando arrojo palabras, muchas palabras.
fuego.
Do livro "Donde Habita el Cangrejo".
Pedras
Pedras
Não temos a casa, todavia,
Temos pedras, algumas.
Pedaços de pão, restos de vinho,
Porém, a casa não;
Sem embargo temos a escuridão,
Porque luz não temos, todavia.
Temos algumas lágrimas ou beijos,
Outras coisas ridículas temos,
Porém, a casa não. Quem sabe
Paredes que se levantam muito devagar,
Mas não temos a casa, todavia
Onde encontrar o frio, a solidão,
A chuva,
Porém, além,
Um céu de savanas temos
E abaixo um inferno delicioso
Onde caminhamos
Recolhendo pedras.
“Hoje não me levas, morte, caveira,
Não vou, não quero ir.
Hoje não vou nem entrego meu barco de papel,
Meu braço, minha guitarra, hoje não,
Hoje somente atiro pedras,
Poemas,
Muitas pedras contra o teu rosto
-não nego, doce rosto-
atiro pedras,
arranco meu coração e te arremesso.
Hoje não, morte, hoje não vou, hoje não quero
Necessito fazer a casa”
E estou vivo
Quando lanço palavras, muitas palavras.
Fogo.
Temos pedras, algumas.
Pedaços de pão, restos de vinho,
Porém, a casa não;
Sem embargo temos a escuridão,
Porque luz não temos, todavia.
Temos algumas lágrimas ou beijos,
Outras coisas ridículas temos,
Porém, a casa não. Quem sabe
Paredes que se levantam muito devagar,
Mas não temos a casa, todavia
Onde encontrar o frio, a solidão,
A chuva,
Porém, além,
Um céu de savanas temos
E abaixo um inferno delicioso
Onde caminhamos
Recolhendo pedras.
“Hoje não me levas, morte, caveira,
Não vou, não quero ir.
Hoje não vou nem entrego meu barco de papel,
Meu braço, minha guitarra, hoje não,
Hoje somente atiro pedras,
Poemas,
Muitas pedras contra o teu rosto
-não nego, doce rosto-
atiro pedras,
arranco meu coração e te arremesso.
Hoje não, morte, hoje não vou, hoje não quero
Necessito fazer a casa”
E estou vivo
Quando lanço palavras, muitas palavras.
Fogo.
No comments:
Post a Comment