Pedro Prado
Todo en mi vida es un presentimiento.
Soy como hoja medio desprendida
Que ya la agita, sin llegar el viento;
Una hoja temblorosa y conmovida.
Amo, sin verla, clara imagen pura;
Y mis ansias, mi angustia y mi tristeza,
Sólo escupen y buscan en la dura
Realidad de la vida a la belleza.
Yo sabré quién espera y quién llama,
Animando el misterio y escondida,
Cuando esta fiebre que a mi ser inflama,
Ciña, por fin, la forma apetecida.
De amor humano hacia el amor divino,
Voy labrando, sin tregua, mi camino.
Soneto VI
Tudo na minha vida é um pressentimento.
Sou como uma folha meio desprendida
Que já agora se agita antes de chegar o vento;
Uma folha temerosa e comovida.
Amo, sem vê-la, clara imagem pura;
E minhas ânsias, angústias e tristezas
Só esculpi e busca na matéria dura
A realidade da vida, a sua beleza.
Eu saberei o que espera e o que chama,
Animando o mistério e escondida,
Quando esta febre que meu ser inflama,
Consiga, por fim, a forma apetecida
Do amor humano até o amor divino,
Vou traçando, sem trégua, a minha estrada.
Tudo na minha vida é um pressentimento.
Sou como uma folha meio desprendida
Que já agora se agita antes de chegar o vento;
Uma folha temerosa e comovida.
Amo, sem vê-la, clara imagem pura;
E minhas ânsias, angústias e tristezas
Só esculpi e busca na matéria dura
A realidade da vida, a sua beleza.
Eu saberei o que espera e o que chama,
Animando o mistério e escondida,
Quando esta febre que meu ser inflama,
Consiga, por fim, a forma apetecida
Do amor humano até o amor divino,
Vou traçando, sem trégua, a minha estrada.
(Ilustrado com escultura de Manuel Belarmino).
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