Saturday, January 22, 2011
Rafael Guillén
Pronuncio amor
Rafael Guillén
Vengo de no saber de dónde vengo
para decir amor, sencillamente.
Para pensar amor, sobre la frente
sostengo qué sé yo lo que sostengo.
Para no detener lo que detengo
siembro en surcos y versos mi simiente.
Para poder subir, contra corriente,
tengo sujeto aquí, no sé qué tengo.
Venir es un recuerdo, si se llega.
Pensar es una huida, si se toca.
Sembrar es una historia, si se siega.
Sólo acierta en amor quien se equivoca
y entrega mucho más de lo que entrega.
Después, toda esperanza será poca.
Pronuncio amor
Venho de não saber de onde venho
para dizer amor, simplesmente.
Para pensar amor, sobre o em frente
Sustento que sei o que não tenho.
Para não deter o que detenho
semeio em estrofes e versos minha semente.
Para poder subir contra a corrente,
Tenho agarrado aqui, não sei o que tenho.
Voltar é recordar, quando se chega.
Pensar é uma fuga, se se toca.
Semear é uma história, se há colheita.
Só acerta em amor quem se equivoca
e entrega muito mais do que oferece.
Depois, toda a esperança será pouca.
Ilustração: http://www.thatianapagung.com.br/blog/?p=58
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3 comments:
Maravilha!
"Não sei o que não tenho", com certeza é manifestação de amor.
Um forte abraço!
Mirze
Maravilha!
"Não sei o que não tenho", com certeza é manifestação de amor.
Um forte abraço!
Mirze
Quando alguém se desprende para dizer amor. Lindo soneto!
Abraço, Silvio!
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