Estranha mistura que me invade
Uma paixão que já não tem limites
Um amor que só me faz covarde
E uma ilusão que, espero, evites.
Luto contra minhas próprias fibras.
O teu corpo tão no meu presente
Até sente, quando tu não vibras,
E se vibras, mesmo se não sentes.
Tento matar esta paixão maluca
Que me dando frio mata de calor,
Mas, dentro do peito o desejo caduca
Porque não é paixão, é mesmo amor.
(Do livro "Apocalypse", Editora Zanzalás, 1992). Ilustração: www.provasdeamor.com
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