Sunday, October 22, 2017

E ainda outra poesia de Fernando Bandini

RISSA                                                      
Fernando Bandini

Asciugo col fazzoletto
il sangue che mi cola
dal labbro.

Non ti ascolto. Sono sordo, sì
sono sordo. Va’ tu
che sei così bravo
a recuperare i cavi
del tramonto
adesso che scende la notte.

Mi rinfacci l’ombra
come se a seminarla
fossi stato io.

BRIGA  

Seco com o lenço
o sangue que me cai
pelos lábios.

Não te escuto. Sou surdo, sim,
sou surdo. Vê tu
que és tão ligeira

e recupera os raios
do ocaso
agora que a noite desce.

Me jogas no rosto a sombra
como se fosse eu
quem a semeara.


Ilustração: São Paulo de Cristal – blogger.

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