Friday, October 13, 2017

Uma poesia de Fernando Bandini

 
RISSA                                                                           
Fernando Bandini

Asciugo col fazzoletto
il sangue che mi cola
dal labbro.


Non ti ascolto. Sono sordo, sì
sono sordo. Va’ tu
che sei così bravo
a recuperare i cavi
del tramonto
adesso che scende la notte.


Mi rinfacci l’ombra
come se a seminarla
fossi stato io.


DISCUSSÃO

Seco com o lenço
o sangue que me cai
pelos lábios.


Não te escuto. Sou surdo, sim,
sou surdo. Vê tu,
que és tão ligeira

e recupera os raios
do ocaso
agora que a noite desce.


Me jogas no rosto a sombra
como se fosse eu
quem a semeou.

Ilustração: Uol Estilo. 


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