GIANO BIFRONTE
Fernando
Bandini
Lui
non ha mai diviso
presente
da passato.
Perché
dietro il suo viso
non
c’è nuca ma un altro viso ancora.
Segue
senza girarsi il lungo volo
del
falco pellegrino dall’aurora
fino
al ponente che si oscura, dove
farà
il suo nido
in
dirupi o su rocche.
Non
esiste per lui scoscendimento
fra
il primo e il dopo, gli esce da due bocche
un
solo occhiuto grido.
JANO BIFRONTE
Ele
não separou nunca
o
presente do passado.
Porque
por trás do seu rosto
não
há nuca, senão outro rosto.
Segue
sem voltar o longo voo
do
falcão peregrino desde aurora
até
o poente que escurece, onde
vai
fazer o seu ninho
entre
despenhadeiros ou rochas.
Não
existe desprendimento para ele
entre
o antes e depois, sai de suas duas bocas
um
só grito vigilante.
Ilustração:
CiMarquesArtes – blogger.
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