Sunday, October 15, 2017

Outra poesia de Fernando Bandini

 
GIANO BIFRONTE
            
Fernando Bandini

Lui non ha mai diviso
presente da passato.
Perché dietro il suo viso
non c’è nuca ma un altro viso ancora.
Segue senza girarsi il lungo volo
del falco pellegrino dall’aurora
fino al ponente che si oscura, dove
farà il suo nido
in dirupi o su rocche.

Non esiste per lui scoscendimento
fra il primo e il dopo, gli esce da due bocche
un solo occhiuto grido.


JANO BIFRONTE

Ele não separou nunca
o presente do passado.
Porque por trás do seu rosto
não há nuca, senão outro rosto.
Segue sem voltar o longo voo
do falcão peregrino desde aurora
até o poente que escurece, onde
vai fazer o seu ninho
entre despenhadeiros ou rochas.

Não existe desprendimento para ele
entre o antes e depois, sai de suas duas bocas
um só grito vigilante.


Ilustração: CiMarquesArtes – blogger. 

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