Monday, October 09, 2017

Uma poesia de Milo de Angelis



Milo de Angelis

Il luogo era immobile, la parola scura. Era quello
il luogo stabilito. Addio memoria di notti
lucenti, addio grande sorriso. Il luogo era lì.
Respirare fu un buio di persiane, uno stare primitivo.
Silenzio e deserto si scambiavano volto e noi
parlavamo a una lampada. Il luogo era quello. I tram
passavano radi. Venere ritornava nella sua baracca.
Dalla gola guerriera si staccavano episodi. Non abbiamo
detto più niente. Il luogo era quello. Era lì
che stavi morendo.


O lugar estava imóvel, a palavra escura. Era aquele
o lugar estabelecido. Adeus memória das noites
reluzentes, adeus grande sorriso. O lugar era ali.
Respirar foi uma escuridão de persianas, um estar primitivo.
Silêncio e deserto se intercambiaram o rosto e  nós, outros,
fálávamos a uma lâmpada. O lugar era aquele. Circulavam
poucos bondes. Vênus regressava à sua barraca.
Desd’a garganta guerreira se desprendiam episódios. Não
dissemos nada mais. O lugar era aquele. Era ali
onde estavas morrendo.


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