Laura
Victoria
Te
busco aún imagen ya perdida,
cegada
luz, desorbitado viento,
esperanza
tan sólo sostenida
por
la ternura de mi pensamiento.
Algo
tuyo quedase entre mi vida
como
afilada flor de sufrimiento;
sangra
mi llanto por tu propia herida
y
sube tu canción por mi lamento.
Esa
es la causa de mi mal cercano,
la
certidumbre del inmenso hastío
que
dobla las espigas de tu mano.
Porque
tú eres la espuma de ese río
que
nace en tus llanuras de verano
y
muere en mis crepúsculos de frío.
LUZ CEGA
Te
busco ainda imagem já perdida,
luz
cega, desmedido vento,
esperança
tão só sustentada
pela
ternura de meu pensamento.
Algo
teu queda-se entre minha vida
como
afiada flor de sofrimento;
sangra
meu pranto por tua própria ferida
e
sobe tua canção por meu lamento.
Essa
é a causa de meu mal abeirado
a
certeza da imensa amolação
que
as espigas de tua mão tem dobrado.
Porque
tu és a espuma desse rio
que
nasce nas planícies de verão
e
morre em meus crepúsculos de frio.
Ilustração:
www.luzcega.com.
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