Friday, June 08, 2018

E, ainda uma vez , Gabriela Mistral


Apegado a mí                  
Gabriela Mistral

Velloncito de mi carne
que en mis entrañas tejí,
velloncito tembloroso,
¡duérmete apegado a mí!

La perdiz duerme en el trigo
escuchándola latir.
No te turbes por aliento,
¡duérmete apegado a mí!

Yo que todo lo he perdido
ahora tiemblo hasta al dormir.
No resbales de mi pecho,
¡duérmete apegado a mí!
  
APEGADO A MIM 

Carnezinha da minha carne
que em minhas entranhas teci
carnezinha tremendo,
dorme apegado a mim!

A perdiz dorme no trigo
ouvindo-o bater.
Não te turbes com o alento
dorme apegado a mim!

Eu que tudo já perdi
agora eu tremo até dormir.
Não resvales do meu peito
dorme apegado a mim!

Ilustração: Lado M. 



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