Friday, August 10, 2018

E, de volta, o grande Stephane Mallarmé



Brise Marine

Stephane Mallarmé

La chair est triste,hélas ! et j'ai lu tous les livres.
Fuir! là-bas fuir! Je sens que des oiseaux sont ivres
D'être parmi l'écume inconnue et les cieux!
Rien,ni les vieux jardins reflétés par les yeux
Ne retiendra ce coeur qui dans la mer se trempe
O nuits! ni la clarté déserte de ma lampe
Sur le vide papier que la blancheur défend
Et ni la jeune femme allaitant son enfant.
Je partirai! Steamer balançant ta mâture,
Lève l'ancre pour une exotique nature!

Un Ennui, désolé par les cruels espoirs,
Croit encore à l'adieu suprême des mouchoirs!
Et,peut-être,les mâts,invitant les orages
Sont-ils de ceux qu'un vent penche sur les naufrages
Perdus,sans mâts,sans mâts,ni fertiles îlots ...
Mais,ô mon coeur, entends le chant des matelots!

BRISA MARINHA

A carne é triste, ai! e eu li todos os livros.
Fugir! Para longe fugir! Eu sinto que os pássaros estão bêbados
Estar entre a espuma desconhecida e os céus!
Nada, nem os velhos jardins refletidos pelos olhos
Não reterão este coração que no mar mergulha
Ó noites! Nem a clareza deserta da minha lâmpada
sobre o papel vazio que a brancura defende
e nem a jovem amamentando seu filho.
Eu partirei! Ó navio balançando seu mastro,
levantando a âncora para uma natureza exótica!

Tédio, desculpe pelas esperanças cruéis,
Ainda acredite no supremo adeus dos lenços!
E, talvez, os mastros, convidando as tempestades
Sejam dos que um vento pende sobre naufrágios
Perdido, sem mastros, sem mastros ou ilhotas férteis ...

Mas, meu coração, ouça a canção dos marinheiros!

Ilustração: Alô Alô Bahia

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