Tuesday, August 07, 2018

Uma poesia de Alan Jenkins


Moths                                                          

 Alan Jenkins 

That night I came home late and found
a moth flickering helpesly round and round
inside the lampshade. I went to help it.

The sixty-watt bulb had not shrivelled it
but its wings were scorched,
it was beyond help, almost beyond harm.

As ir un wound slowly on my outstretched palm
it left a powdering of gold dust
as fine as the blusher that streaked my T-shirt

where her cheekbone had brushed it,
its wing-beat was as powerful and as fragile
as the blink of an eyelash in the half-inch

of smoky air between us.
We’d sat as trangers lately introduced,
we’d chewed the fat and made a date for lunch

and my heart was fluttering when I asked her
to dance to and old one by Elvis.
It was tricky but she was lithe and agile

and had just fitted her pelvis
to mine when suddenly -someone had seen us,
she had to, she was sorry but, she was leaving.

Where’s the harm? I wondered as, stood stewing
in my own body heat in a crowd of couples
melted together, I watched her bobbing and weaving

towards the powder-room. I left soon after.
In the taxi I thought, nothing doing,
this one’s too hot to handle,

don’t make that lunch, it’s not worth the candle…
Next day I read, among other troubles,
that the place had been torched –

it seemed someone paid through the nose
for a deal that wasn’t up to snuff, the upshot:
three women trapped in the Ladies choked to death

and were done to a turn. I caugh my breath.
The moth had taken so long to die, God knows
that in the end I cruched it.

MARIPOSAS

Naquela noite cheguei tarde em casa e encontrei
uma mariposa agitada volteando inutilmente
dentro do abajur em volta da lâmpada. Fui ajudá-la.

A lâmpada de sessenta watts não a tinha estragado,
porém, as suas asas estavam queimadas
e nada podia salvá-la, nem danificá-la.

Quando, ao fim foi se acalmando, na palma da minha mão estendida
havia deixado um pó dourado
tão fino quanto um pó de maquilagem na minha camiseta

onde sua bochecha a havia roçado,
suas batidas de asa era tão poderosas e tão frágeis
como o piscar de um cílio de meia polegada

de ar  e fumaça que entre nós havia.
Sentados como desconhecidos conhecendo-se,
Estivemos falando  nós e acertamos uma data para o almoço

e meu coração estava vibrando quando perguntei a ela
se queria dançar ao som de uma velha canção de Elvis.
Era difícil, porém, ela era ágil e se deixava conduzir.

e justo quando acomodou sua pélvis na minha
de súbito, nos estavam vendo
ela sentia muito, se desculpou, mas, estava partindo.

Que tem de mal? Me pergunta assando
no calor do meu próprio corpo, de pé entre o tumulto de casais
intercalados, quando a vi dizer olha e ziguezaguear

em direção ao toalete. Me fui pouco depois.
No táxi eu pensei, nada o que fazer,
com esta não se pode lidar

não vale a pena, esqueça esta comida…
No dia seguinte eu li, entre outros problemas,
que o lugar tinha sido incendiado -

ao que parece alguém pagou muito dinheiro 
por um maltrato no seu nariz, o resultado:
três mulheres presas no banheiro sufocadas até a morte

e cozinharam ao ponto. Eu prendi minha respiração.
A mariposa demorou tanto para morrer, Deus sabe
que no final eu a amassei.

Ilustração: HypeScience. 


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