este
presente incerto,
inconsistente,
muitas
vezes, irreal.
Somos
só esta fé no possível,
esta
soma de desejos, de sonhos,
de
erros e tentativas
que
se desfaz como o pó
das
ampulhetas.
Somos
só uma música
que
tocará uma vez só,
de
forma irremediável,
e,
bela ou feia, será executada
sem
que, depois, nem memória
ou
partitura
permaneça.
Somos
só uma, uma só,
única
e milagrosa criatura,
sem
nenhuma explicação para a existência
e
o desejo de brilhar, de ser luz,
antes
da eterna escuridão.
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