Saturday, March 13, 2021

Uma poesia de Giovanni Quessep

 


ESFINGE

 

Giovanni Quessep


Feliz tú que no miras
los ojos de la Esfinge,
y no ves que es azul el laberinto
de su arena; terrible
conocimiento de una vida amarga
el que nos dan los últimos jardines.
Feliz tú que no sabes
quién teje la ilusión de tus tapices,
ni quién es la hilandera de tus días,
vendimiadora que da un vino triste.
Cantas tu himno, loco de esperanza,
y no sabes si mueres o si vives.

ESFINGE

Feliz tu que não olhas

os olhos da Esfinge,

e não vês que o azul é o labirinto

de sua areia; terrível

conhecimento de uma vida amarga

daquele que nos dão os últimos jardins.

Feliz tu que não sabes

quem tece a ilusão de suas tapeçarias,

nem quem é a fiandeira dos seus dias,

a colhedora de uva que dá um vinho triste.

Cantas teu hino, louco de esperança,

e não sabes se morres ou se vives.

Ilustração: https://1.bp.blogspot.com/.

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