Tuesday, April 13, 2021

Uma poesia de Matilde Alba Swann

 


TAN HUMANO

 Matilde Alba Swann

Tienes algo de montaña...

A tu lado me he sentido leve y me he creído blanca.

Sin reparo te he mostrado mis llagas

y a tu cumbre nevada a veces traje barro,

y hecha pedazos mi alma.

Y he vuelto siempre limpia, y he vuelto siempre sana.

 

Tienes algo de planta..

es tan fresca tu sombra y es tan calma

la voz de tu follaje, y es tu raíz tan honda.

Al rumor de tu savia , descansé mi fatiga

y adormecí mis ansias...

 

Tienes algo de mar...

Toda la majestuosa distancia, del gigante de sal.

Espuma y linfa, por magia de tu espejo

mi cara entristecida, se ha visto cristalina.

Y cuando en hora perpleja llegué a tus orillas

tu verde voz me trajo de nuevo una olvidada

tibieza de regazo.

Eres tan humano que no pareces hombre

 

tan majestuoso y blanco, tan fresco y tan hondo

que pareces montaña, planta, mar...

y aunque te asombre tan humano eres

que no pareces hombre.

 

TÃO HUMANO

 

Tens algo de montanha ...

A teu lado me senti leve e acreditei ser branca.

Sem escrúpulos, mostrei-lhe minhas feridas

E, às vezes, a teu cume de neve, levei traje de barro,

e feita em pedaços minha alma.

E eu sempre voltei limpa, e sempre voltei saudável.

 

Tens algo de planta ...

és tão fresca tua sombra tão calma

a voz de tua folhagem, e é tua raiz tão profunda.

Ao som de tua seiva, eu descansei meu cansaço

e adormeci minhas ânsias ...

 

Tens algo de mar ...

Toda a majestosa distância, do gigante de sal.

Espuma e linfa, por magia do teu espelho

meu rosto entristecido se vê cristalino.

E quando em hora de perplexa cheguei nas tuas praias

tua voz verde me trouxe de novo uma esquecida

suavidade do colo.

És tão humano que não pareces homem.

 

tão majestoso e branco, tão fresco e tão profundo

que pareces uma montanha, uma planta, um mar ...

e ainda que te assombre, és tão humano

que não pareces homem.

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