Sunday, July 31, 2022

Uma poesia de Rafael Pombo

 

 


 DE NOCHE

Rafael Pombo

No ya mi corazón desasosiegan

Las mágicas visiones de otros días.

¡Oh Patria! ¡Oh casa! ¡Oh sacras musas mías!

... ¡Silencio! Unas no son, otras me niegan.

 

Los gajos del pomar ya no doblegan

Para mí sus purpúreas ambrosías;

Y del rumor de ajenas alegrías

Sólo ecos melancólicos me llegan.

 

Dios lo hizo así. Las quejas, el reproche

Son ceguedad. ¡Feliz el que consulta

Oráculos más altos que su dueño!

 

Es la Vejez viajera de la noche;

Y al paso que la tierra se le oculta,

Ábrese amigo a su mirada el cielo.

DE NOITE

Não, meu coração já não desassossegam

as mágicas visões de outros dias.

Ó pátria! Ah casa! Ó sagradas musas minhas!

... Silêncio! Alguns não são, outras me negam.

 

Os segmentos do pomar não mais se dobram

para mim, suas ambrosias roxas;

e do rumor das alheias alegrias

somente ecos melancólicos me chegam.

 

Deus assim o fez. As queixas, o açoite

são cegueiras. Feliz o que consulta

oráculos superiores ao dono seu!

 

É a Velhice viajante da noite;

e ao passo que a terra se lhe oculta,

Abre-se amigo ao seu olhar o céu.

Ilustração: Conexão Planeta.

No comments: