Com
esta memória vaga,
Não
lembro mais de nada.
Quanto
mais quando
comi
rabicó de galinha na Penha,
mais,
tanajura em Bangu
ou
carpaccio de avestruz em
Copacabana
a danada não me engana!
Torresmos, rabadas e carnes secas
nunca faltaram na Zona Norte
e, para provar que sou forte
me orgulho de já ter bebido,
em procissão por pés sujos,
guiado pelo Johnny Bradfort,
quando ainda era magrinho,
e bebia cachaça como se fosse água,
tanto que queria me convencer
que lutou no Canal de Suez!
Jurubebas, caipirinhas de limão cravo
ou de pimenta rosa,
juro, já me deixaram cheio de prosa
me alimentando só de linguiçinha de porco,
uns croquetes do Rebouças
ou bolinhos de aipim ou de bacalhau-
o que não é nada mau-
sempre deixam a vida bem melhor!
Afinal ser carioca
Não é nascer no Rio de Janeiro-
Este é um requisito maneiro.
Ser carioca
É aceitar o desafio
De buscar nesta cidade
O que ela tem de bom e de melhor...
Assim, meu companheiro,
Qualquer hora desembarco
Para aceitar seu desafio
De usufruir o
melhor da vida:
Viver no Rio-
sinônimo de
ter prazer na vida!
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