Sunday, January 07, 2018

Uma poesia de Elmys García Rodriguez





UNA SILUETA SIN DESTINATARIO   

Elmys García Rodriguez                         

Al cruzar el vestíbulo
tu grácil figura
coquetea con los labios
te demoras ante un vaso de cerveza
y al girar la puerta
se rompe el cenicero.
En esta noche de nervios
impones tarifas a tu amor.

La ternura
se prende a tu aliento
como un alfiler.
Ya conoces que los emigrantes
olvidan la ropa
que vestirán mañana.
A fuerza de tantas muertes comprendiste
que tu felicidad siempre termina
el día que se marchan los turístas.
                                                                     
UMA SILHUETA SEM DESTINATÁRIO

Ao atravessar o vestíbulo
tua graciosa figura
flerta com os lábios
te demoras ante um copo de cerveja
e abrir a porta
o cinzeiro se quebra.
Nesta noite nervosa
impões tarifas sobre seu amor.

A ternura
Se prende à tua respiração
como um pino.
Tu já sabe que os emigrantes
esquecem as roupas
que vestirão amanhã.
À força de tantas mortes compreendestes
que tua felicidade sempre termina
O dia que os turistas se vão.

Ilustração: navelocidadedaluz.wordpress.com. 

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