ODE A KEITH RICHARDS
Quem
entrou e saiu, tantas vezes, do próprio corpo.
Quem
caminhou, tantas vezes, com a morte
e
viveu sempre no fio da navalha,
não
se espanta
em
se encontrar nos braços de uma negra gorda do Alabama
ou
fazer a turnê do nascer do sol ou da Tequila.
Intimamente
sabe que a vida é uma maravilha
por
ter escapado do pântano de Dartford
e
que o sublime e o ridículo andam de mãos dadas,
daí,
não ser nada cheirar as cinzas do pai
como
forma de despedida e superação.
Assim
como ouvir da mãe, na beira da morte,
que
não está tocando bem!
Tão
normal
como
com dois compassos de “Malagueña” ganhar a velha
ou,
com cinco cordas, num riff, se sentir demais
flutuando
numa canção acima dos mortais.
Ser
isto é ser Keith Richards e nada mais!
ODE A KEITH RICHARDS
Who
has come and gone so many times from his own body.
Who
walked, so many times, with death
and
he always lived on razor's edge,
do
not be surprised
to
find herself in the arms of a fat black woman from Alabama
or
tour the sunrise or the Tequila.
Intimately know that life is a wonder
for
escaping from the Dartford Marsh
and
that the sublime and the ridiculous go hand in hand,
hence,
nothing be smelling the ashes of the father
as
a form of farewell and overcoming.
Just
as hearing from the mother, on the verge of death,
which
is not playing well!
So
normal
as
with two bars of "Malagueña" to win the old
or,
with five strings, in a riff, feel too much
floating
in a song above the mortals.
To
be this is to be Keith Richards and nothing more!
Ilustração:
Uproxx.
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