En moi régnait la
désolation
Jacques
Roubaud
Où ton inexistence
était si forte, elle était devenue forme d’être.
En moi régnait la désolation, comme conversant à voix basse.
Mais les paroles n’avaient pas la force de franchir.
De franchir seulement, car il n’y avait pas quoi.
On se tourne vers le monde, on se tourne vers soi.
On voudrait n’habiter aucunement.
C’est le noyau habituel de l’infortune.
«Vous » était notre mode d’adresse, l’avait été.
Morte je ne pouvais plus dire que : « tu ».
Em mim reinava a
desolação
Onde tua inexistência era tão forte, ela veio a ser uma forma de ser.
Em mim reinava a desolação, como conversando em voz baixa.
Mas, as palavras não tinham a força de atravessar.
De atravessar somente, pois, não havia o quê.
Voltamos para o mundo. Voltamos para nós mesmos.
Não se queria viver de modo algum.
É o núcleo habitual do infortúnio.
“Você”, que era nosso endereço natural, tinha sido.
Morto eu já não poderia dizer senão : “tu”.
Onde tua inexistência era tão forte, ela veio a ser uma forma de ser.
Em mim reinava a desolação, como conversando em voz baixa.
Mas, as palavras não tinham a força de atravessar.
De atravessar somente, pois, não havia o quê.
Voltamos para o mundo. Voltamos para nós mesmos.
Não se queria viver de modo algum.
É o núcleo habitual do infortúnio.
“Você”, que era nosso endereço natural, tinha sido.
Morto eu já não poderia dizer senão : “tu”.
Ilustração:
Vagalume.
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